Custos de instalação elétrica.

Uma instalação eficiente, para além da redução do consumo elétrico, abrange uma redução dos custos de exploração da instalação.

Para facilitar a sua compreensão explica-se, em seguida, cada um deles de forma detalhada.

 

CUSTOS TÉCNICOS

Quais são:

Entende-se como custo técnico a perda da capacidade de transporte e distribuição, bem como aquecimentos (perdas por efeito de Joule), perturbações e quedas de tensão em instalações e sistemas elétricos.

 

Quem os produz: 

As causas responsáveis desta saturação das instalações são as seguintes:

 

  • Picos de exigência máxima de energia.
  • Existência de potência reativa.
  • Existência de correntes harmónicas.
  • Linhas com cargas desequilibradas.
  • Utilização de recetores não eficientes.

 

Como se reduzem: 

A redução dos custos técnicos realizam-se através de: 

  • Compensação de energia reativa.
  • Filtragem de harmónicas.
  • Equilíbrio de fases.
  • Amortização dos picos de exigência máxima e, na medida do possível, a sua relocação.
  • Utilização de arrancadores suaves ou variadores de velocidade.

 

O que abrange a melhoria dos custos técnicos:

 

  • Menor consumo de energia.
  • Maior rendimento das instalações através de um melhor aproveitamento das linhas de distribuição e transformadores.
  • Redução de perdas e aquecimentos em linhas e equipamentos.
  • Redução do número de avarias.
  • Continuidade do serviço elétrico.
  • Redução dos custos económicos de exploração.

 

 

CUSTOS ECONÓMICOS

 

Quais são: 

Os próprios custos de uma fatura não otimizada e os custos em consequência dos custos técnicos gerados. Podem classificar-se em dois tipos:                

  • Custos visíveis.
  • Custos invisíveis.

 

1- Custos visíveis

 Os que se deduzem da interpretação da fatura elétrica:

  • Potência contratada inadequada.
  • Tarifa elétrica inadequada.
  • Consumo horário de energia.
  • Picos de exigência.
  • Consumo de energia reativa

.

Como se reduzem

 Através de um estudo da fatura elétrica podemos definir as ações adequadas para reduzir este custo global. 

  • Ajuste de potência contratada e, se possível, alteração de tarifa. Esta ação não representa praticamente qualquer custo. Não obstante, antes de realizar o reajuste de potência contratada ou de tarifa, recomenda-se que estude os processos e os consumos de energia para ver se a exigência se ajusta às necessidades reais.
  • Eliminação da sobretaxa ou custo da energia reativa através da sua compensação. Para tal, instala-se uma bateria de condensadores que, na maioria dos casos, se vai amortizando poucos meses após a montagem.
  • Amortecimento dos picos de exigência máxima. Consiste em não ultrapassar o máximo de potência permitida pela empresa de fornecimento e, quanto for possível, relocar as cargas no momento em que a exigência de energia seja menor.

 

2- Custos invisíveis

- Todo o consumo de energia desnecessário. O custo que representa tanto em termo de potência, como de energia, de todos os consumos que não são realmente necessários ou que podem ser prescindíveis durante um certo tempo.

- Todos os que têm a sua origem nos custos técnicos e na utilização de recetores que gerem perturbações. Estes, não sendo evidentes, poderão representar um gasto importante para a empresa. Dividem-se, à vezes, em dois tipos:

 

Custos em instalações elétricas
Ampliação de instalações em consequência de:
  • Sobrecarga de linhas.
  • Sobrecarga de transformadores.
  • Perdas económicas devido a Joule na distribuição. Este conceito é especialmente importante na distribuição elétrica e em indústrias com grandes distâncias de linhas.
  • Avarias em máquinas (motores, transformadores, variadores de velocidade, etc.) e equipamentos de controlo (computadores, PLC).

 

Custos em processos produtivos
  • Paragens de instalações.
  • Perdas de produto não finalizado.
  • Custos adicionais em horas de mão-de-obra.

 

Como se reduzem

  1. Realizando um estudo de eficiência da empresa ou indústria.
  2. Através da correção dos custos técnicos detalhados no ponto anterior.

 

 

O que abrange a melhoria dos custos económicos visíveis e invisíveis

  • Menor consumo de energia.
  • Diminuição da fatura elétrica.
  • A não necessidade de investir nas instalações por falta de capacidade, devido a um mau rendimento.
  • Melhoria da produtividade ao ter menor número de avarias e paragens.

 

CUSTOS ECOLÓGICOS

 

Quais são:

As emissões de CO2 produzidas pelo consumo de energia não necessária ou prescindível.

Para dar uma ideia da magnitude, 1 MW·h gerado por energias fósseis abrange uma emissão de 1 tonelada de CO2. Se falarmos em energia elétrica mista gerada por energias primárias fósseis e renováveis o rácio é de aproximadamente 0,6 toneladas de CO2 por cada MW·h.

 

Como se reduzem:

Através de uma abordagem geral do consumo de energia global de uma indústria ou empresa.

Portanto, terá associada uma auditoria prévia que determine os seguintes pontos:

  • Hábitos de consumo de energia.
  • Estado das instalações.
  • Instalação de equipamentos que permitam o controlo e a supervisão do consumo energético das instalações.
  • Consumo de energia por cada piso ou área de trabalho.
  • Que consumos de energia podem ser diminuídos.
  • Que recetores devem ser substituídos por outros mais eficientes.

 

O que abrange a melhoria dos custos ecológicos:

- Redução de emissões de gases de efeito de estufa.

- Diminuição de custos técnicos e económicos.





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